tag:blogger.com,1999:blog-43038477421515902332024-02-19T04:38:50.844-03:00não pensei nissovômitos dispersos
alucinações corriqueiras
embriaguez literária
metamorfoses culinárias
ciência intergaláctica
devaneios teatrais
arroubos musicaisElisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-48614823316444860412018-10-06T02:07:00.001-03:002018-10-06T15:45:29.319-03:00Para os outubros do porvir (ou Por que o mar não tá pra peixe)Estou com este texto nascido das entranhas da cabeça tem pelo menos três dias que são mais noites. Não vou pedir desculpas por ser textão. Sou alienígena do tempo em que escrever era ato de liberdade-liberta. Lia quem queria. Não querendo ler não precisava desmerecer. Então, não tem que pedir desculpas por algo que quero ser e fazer. Também não precisa ofender por ter preguiça de se ater a reflexão do outro. Se quiser sair saindo, pode sair. Fique a vontade.<br />
Daí que o textão é pra falar do que tá calado desde o início dos processos eleitorais deste dois mil e dezeoito de meu deus e do capeta. Por que assim: já tenho meu candidato desde que ele se manifestou por ai, candidato, mesmo com o lulalá possibilidade que não foi-sendo. O fato é que daí, não vou contar mentirinha de dizer que a gente não entra na pilha de um voto-útil inútil (sem Ultrage, por favor) perante o inominável. Mas, rodei-rodei nos pensamentos, ouvi conversas virtuais e desvirtuadas. Presenciais e Intergalácticas. Vi que o terror que se faz sobre os fatos insalubres é mais eficaz por sua temerosidade (#Foratemer) do que necessariamente sua eficácia real. Assim caminha o fascismo e a des'umanidade. Então, o textão é pra fazer uma declaração de voto, sendo que vou continuar sendo franca com aquilo que acredito ser o mais próximo do que quero pra mim, pros e pras que amo e praqueles que insistem em odiar.<br />
<br />
Voto em Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, 50, presidentes!<br />
Voto em Professora Lisete, 50, pra Governadora de São Paulo. Por que eu sou professora. E, uma vez Flamengo, Botafogo... Na real não é só por isso. Mas daí o textão vai virar tese.<br />
Vou continuar votando no Papito, 131 pra Senador. Ele é meu voto de tradição e senilidade. E por que não suporto lembrar que o Laércio se elegeu senador no pleito anterior e #ELENÃO!<br />
Vou votar Professora Silvia Ferraro 500 pra Senadora 2. Por que igualdade de gênero não é ideologia, mas direito.<br />
Vou votar Douglas Belchior 5075 pra Federal. Pela ZL de onde sou cria. E de onde sempre serei. Mas sobretudo pelo enfrentamento do genocídio e encarceramento de jovens negros no BR.<br />
E como fiz na última eleição pra deputada, votaria com o coração que é de Leci Brandão 65035 pra Estadual em reconhecimento à sua trajetória de lutas nos campos social e artístico, mas vou de Bancada Ativista 50900 dessa vez, por ser testemunha no RJ, da interessante experiência da Mandata liderada por mulheres negras como #MarielleFrancoPresente! e por acreditar e vivenciar este tipo de organização e militância coletiva.<br />
<br />
Este é o plano pro primeiro tempo da partida. Não tenho a ilusão de ver meus votos pra presidente e governadora representados no segundo turno. Votar pro governo de São Paulo é cada vez mais tenso e se a inacreditável configuração que se esboça pra presidência realmente se efetivar no segundo turno, espero contribuir para eleger Haddad e Manu, 13. Sobre Ciro, ainda não consigo deixar de vê-lo como um coronel e a aliança com a Katia não está sendo fácil de digerir, por que não fui eu quem disse, mas sei que o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uxqu7Vnosk4">agro é tóxico</a> e mata. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/9wXtqIbUUko/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/9wXtqIbUUko?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
Como não podia deixar de ser, nossos livros são os discos não necessariamente nesta mesma des-ordem e progresso (?). Vamos continuar a ler, ver, ouvir. E a remar.<br />
<br />
<a href="http://www.vermelho.org.br/noticia/309704-1">A luta continua</a>, companheires!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-7090738985043567882018-06-03T02:14:00.000-03:002018-10-06T02:15:07.334-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Madrugando a trabalho depois de dias a fio com a filhota mamona juntando
mais dois dentinhos aos 8 do sorriso sapeca de 1 ano e 1 mês no último
dia 30. Sono mais constante hoje dela, enfim, o fato é que eu tava
voltando umas fitas sonoro-musicais e olha, vou te falar, tem que tar
muito na gana. Com outonos ou primaveras entre os dentes, a natureza é
mãe e a Lurdez lança luz entre alienígenas e alienações. Na vinheta, um
salve praqueles e praquelas que <a href="https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/01/economia/1527863802_006659.html">tombaram a carreta do Parente</a> no meio da
pixsta.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Ah, pode dançar <span class="_47e3 _5mfr" title="Emoticon heart"></span><span class="_47e3 _5mfr" title="Emoticon heart"></span><span class="_47e3 _5mfr" title="Emoticon heart"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/f6c/1/16/2764.png" width="16" /></span><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/s2W578aRzoQ/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/s2W578aRzoQ?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<br />
<span class="_47e3 _5mfr" title="Emoticon heart"></span>Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-84815737765409671152014-03-31T19:19:00.002-03:002014-03-31T19:48:23.313-03:00Bisbilhotando<br />
Poetas ou poetisas,<br />
[são aqueles que sabem dizer o que se sente<br />
quando o vento parece soprar todas nuvens que encobrem o céu<br />
para que se possa fazer a vontade daquela que parece ser a única<br />
a querer ser vista<br />
por meio dos olhos das gentes vivas].<br />
Eu não.Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-68575646820298117402014-03-27T19:25:00.001-03:002014-03-27T19:25:28.141-03:00Matemática-mente falando<br />
<br />
Das coisas da criação musical e da canção popular no Brasil:<br />
(E, claro: das coisas da minha cabeça):<br />
<br />
?Como é que um termo pode ser-vir (a ser) tanto para dizer do prestígio e da condição liminar de alguém?<br />
<br />
No populacho, a seguinte equação:<br />
<br />
Sendo: Bamba = prestígio, honra, poder<br />
bamba: vulnerabilidade<br />
<br />
Bamba = a <i>versus</i> bamba.<br />
Ou B = b quando B # b.<br />
No fim, dá exato.<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
A-corda!</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Xqta3yJ9cm8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-80135306140602531602014-01-06T19:11:00.001-02:002014-01-06T19:41:46.745-02:00Aos seis de janeiroAnsiosa.<br />
Pelo fim de um livro que não chega ao fim embora o fim esteja perto.<br />
Pensou sem pensar - que é um jeito não-sistemático de sistematizar o pensamento - em pautar numericamente as férias sem férias - ou falar da quase primeira semana do ano que começou sem que o outro tenha terminado. Eis aqui, na pessoa primeira, egocêntrica:<br />
<br />
1. Acabo de ler um relato de viagens de tom descompromissado. Um jeito bom de estudar em mês de férias que só chegam depois que o meses de férias acabarem, ao menos pra mim.<br />
<br />
1. a) Que é um jeito bom também de preparo ou aperitivo para ingressar num outro relato de viagens a quem a história da antropologia deu ares de cânone e, portanto, metodologia consagrada.<br />
<br />
Quanto ao 1.a): quando você pensa no conteúdo de livro sendo método, fica bem mais difícil de ler. <br />
Acerca do 1: boa literatura de viagem é o modo mais próximo que nossa civilização dispõe de teletransporte. <br />
<br />
2) 5 dias do <a href="http://www.youtube.com/watch?v=NJeWG-Ig0C4">ano novo</a> contemporâneo e nenhum email que valesse a pena - email no sentido estrito do termo, sem cutucadas, esbarradas ou comentadas faceibucações.<br />
<br />
3) Hoje é o dia de santos reis e finalmente um email que valeu a pena. Pode ter sido coincidência. Mas fica difícil de acreditar depois de lições de magia ritual em antropologia descompromissada . Eu disse, descompromissada, o que é apenas uma característica de estilo e não de qualidade. Além do mais, hoje é dia de sementes de romã na carteira, de desmontar árvore de Natal, fazer promessa, renovar votos, etc. Ah, chegaram também boas notícias de amigos, o que sempre é bom.<br />
<br />
4) Gosto de literatura e antropologia, literatura em antropologia e antropologia em literatura e a depender do contexto cultural tratado, religião e magia são inevitáveis. Amém, Oh Glória, Saravá!<br />
<br />
5) A música é a primeira, egocêntrica, porque afinal é dia da Festa. Mas o álbum vale a pena. Inclui a manjadinha "Não quero dinheiro" (só quero amar) não necessariamente nessa mesma ordem e "Não vou ficar" que o Kid da Abelha teve a audácia de regravar. Isso sem falar de "Eu preciso aprender a ser só" imortalizada por Elis imortal. Mais duas faixas na língua do Tio San que o Tim tanto cantou e viveu. Em "I Don't Know What To Do With Myself" fica gostosa a intromissão do vocal feminino hablando em português como se não tivesse nada a ver com aquilo, comprovação que vem em "Meu país" utópico com lutas e sem distinção de cor para que o amor possa fluir. Tudo isso sem perder o tom romântico estilo mela-cueca que do qual o Tim é assumidamente re-conhecido. E também tem a bonita "Você" que sempre me faz lembrar da segunda colação de grau da minha vida - a primeira foi no prezinho (pré-escola), mas daí a trilha sonora é outra, tipo bambalalão.<br />
<br />
5.1) <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/P1hbin3Jmgk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
Para Davi Bovolenta, com votos de felicidades e muito amor no ano novo.</div>
<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-53800553690262175332013-12-14T16:27:00.000-02:002013-12-14T16:45:51.526-02:00De-deixa.A deixa aqui é a seguinte...<br />
Vira e mexe tem vontade de dizer o que não se diz sobre as coisas que as músicas dizem.<br />
Deixa...<br />
Sentir 'de lá de dentro a vontade'.<br />
Se não servir pra mais nada (como se o mundo e todas as coisas que nele se encontram ou nele são encontradas servissem para ter função, servissem pra algo que não fosse tão somente o nada) serve pra dançar mergulhada e deliciosamente (que nem quando a danceteria tá lotada e você nem liga ou quando está entregue adolescentemente no quarto sozinha).<br />
Tem músicas que a gente não sabe se são geniais por conta do clima e da atmosfera que conseguem criar, se pela letra, ou pelo tom de breguice (que é aquela coisa que quase todo mundo na espécie humana burguesa sente, mas tem vergonha de admitir) ou se por outra coisa que você não consegue e nem precisa explicar.<br />
<br />
É essa uma dessas, genial em todos e nestes sentidos. E sobretudo no título.<br />
Deixa!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/zkRBxniGLlU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-70595054291519323012013-12-13T16:01:00.000-02:002013-12-13T17:22:10.464-02:00Do elo crespo como mola propulsora<br />
14 horas da sexta-feira treze: a missão.<br />
Eu confesso. Hoje tá difícil. Um sono insistente e sou quase um espectro. Aumenta minha capacidade de cometer pasteleiras (termo definidor de minha potencialidade de distração).<br />
Precisando estudar e me sinto desenergizada. Mas vamo lá!<br />
<br />
Fiz um café. Na verdade assim, pus água pra ferver. Enquanto rolava a ebulição fiquei na interneta capturando notícias e textos que me interessam. Costumo fazer isso no tempo pré-estudos-pós-almoço que é quando sei que, se começar imediatamente a ler, durmo.<br />
É a hora enrola-sono até que ele desista e resolva passar pra que eu possa continuar a ter vida própria.<br />
<br />
A água ficou borbulhante lá na cozinha. E eu, em frente do computador.<br />
Daí vi isso:<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/cHie91NYx1M?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
Acordei na hora!</div>
</div>
No segundo seguinte lembrei de uma música (ah, que novidade!).<br />
Depois da brisa, eletrocutada, pus a música pra tocar e voltei pra cozinha. Passei o café com a conexão dos cachos a todo vapor e com as palavras escorregando nas voltas crespas da cabeça.<br />
Com a xícara quase balde estimulante voltei pra frente do meu mal necessário e, as pontas dos dedos movimentaram a energia acionada no corpo-cosmos e dai: não pensei nisso.<br />
Foi também um bom momento para olhar pros meus dedos decorados de vermelho-alaranjado pela Cris hoje cedo, outra negra linda do cabelo lindo! É mais bonito quando os dedos carregam as palavras com as pontas cheias de verniz. Quem disse que a estética do palavreado não é importante?<br />
<br />
Como a missão da sexta feira treze continua, deixo a <a href="http://www.youtube.com/watch?v=fbKEAnqmVjY&hd=1">música de bandeja</a> que relampeou na minha cuca quando vi o vídeo. O café acompanha pois 'meu processo apesar de lento pode fluir'.<br />
E por fim eis me aqui, <a href="http://naopenseinisso.blogspot.com.br/2013/12/quem-me-dera.html">firme na parceria e na linguagem da meta</a>.<br />
E esse é um texto em primeira pessoa. Ostento agora madeixas mais curtas, porém mais armadas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-68419905964458962332013-12-08T22:31:00.001-02:002013-12-08T23:02:41.533-02:00Quem me dera<br />
Quem a conhece ou desconhece sabe que ela sonha textualmente em linguagem musical. Conhece ou desconhece pois não se pode tomar a parte pelo todo sem articulá-las e menos ainda negar a necessidade de conhecer desconhecendo, de acertar errando, de <a href="http://www.estamira.com.br/">enlouquecer lucidamente</a>.<br />
<br />
É assim que ela pensa muitas vezes. É assim que ela cosmo-visa o mundo. Não só assim, mas bem assim.<br />
<br />
Há momentos em que a linguagem é a meta e não a metalinguagem. Este é o caso.<br />
Momento do contraditório, pois se a linguagem quer ser meta de chegada bem que pode ser ponto de partida.<br />
<br />
Meti aqui um exemplo do contraditório e da sua afirmação. Poético e político que é pra ser sincera. Pra ser parte. Para estar contida no mergulho que entorpece e emancipa.<br />
<br />
Isto é esse post. A contradição como meta paradoxal e o paradoxo como meta. Aquele que quer alcançar todos o lugares e ampliar os sentidos ao mesmo tempo em que não tem a pretensão de chegar a lugar algum. Ou ainda "o além dos além" que nunca ninguém viu como assim falou Estamira.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/u3CzgfuEskQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Assim, hoje a música não é de bandeja e o texto é que vem de brinde. É comum no exercício antropológico e na vivência pessoal-cultural que brindemos nossos mortos. De toda forma, o texto musicado e o texto escrito estão juntos e conectados nela e por ela. Daí a meta dela e da linguagem. E a linguagem da meta dela.<br />
<br />
Sobre o brinde aos nossos mortos e <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Pa2iceYJWMM&hd=1">mais além</a>, por Boff:<br />
http://leonardoboff.wordpress.com/2013/12/07/o-significado-de-mandela-para-o-futuro-ameacado-da-humanidade/<br />
<div>
<br /></div>
<br />
-----------<br />
<br />
A mágica da dádiva é que ela não pára na tua mão. Ela segue em infinitas parcerias.<br />
A meta é tornar infinitas as possibilidades de comunicação e cognição para a liberdade dos seres. E quem dera fazer algum sentido entre os elos da corrente que re-une o humano em sua humanidade.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
'Quem me dera não sentir mais medo algum'. </div>
<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-13502145648823985032013-11-17T15:05:00.000-02:002013-11-17T15:06:51.565-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
AGREGA VALOR É O CARALHO</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGujZZdk3G11CGfSI0zNJsg9A6NTWLwOrOu2ZYEoq19BHQsa43-_mPxtWhN6vs0Zg3qrGVU7Yfd2arR8wyuELlb07g_Gpo-zt12kU5tqkO1Zys_EkdIPyZEUWOm1JhtJYKb9YrDIaQPNBv/s1600/cidade_de_deus_z_pequeno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGujZZdk3G11CGfSI0zNJsg9A6NTWLwOrOu2ZYEoq19BHQsa43-_mPxtWhN6vs0Zg3qrGVU7Yfd2arR8wyuELlb07g_Gpo-zt12kU5tqkO1Zys_EkdIPyZEUWOm1JhtJYKb9YrDIaQPNBv/s640/cidade_de_deus_z_pequeno.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
MEU NOME É ZÉ PEQUENO PORRA!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-46701455788080909302013-11-11T20:02:00.004-02:002013-11-11T20:43:35.529-02:003 pontos 5 noves fora. Escrever é como parir.<br />
Não é uma coisa assim que você vai lá e faz. Assim sem menos e sem mais.<br />
Tá certo que tem uma hora interna que você sabe que tá tudo lá, ainda que sem pé e nem cabeça. Daí você imprime, faz um ultrassom.<br />
Por isso acaba-sendo-parto. Você sente, sabe, vê que está lá o teu rebento mas quando arrebenta você precisa olhar pra cara dele pra saber se tá tudo bem.<br />
Se a cara tá naquele lugar que a gente acha que é o lugar normativo da cara.<br />
O pé tá no lugar que nosso entendimento limitado enxerga que era pra onde estar o pé.<br />
O gênero adequado pra cor da roupinha que escolheu pra ingressar na civilização fashion. Ou não (tomara!)<br />
Mas já que o rebento ou arrebenta é seu, ou sua, tem que ter a tua cara, digo, tem que ter algo de você ali. É a sua reprodução.<br />
Mas arrebentado o rebento ou arrebenta, uma vez que é ou quer ser produto - não no sentido produtivo e também nele - não pode ser só reprodução. Tem que ter tido criatividade e sintomas como ânsia de ansiedade mesmo ou de vômito para casos mais dificultosos. Dor também. E paixão. Alguma. Ou o que a gente chama de apego, amor.<br />
<br />
Parou de escrever. Na verdade tinha escrito. Mas tava naquele pé: sem cabeça.<br />
Aquele que apareceu pra escrever o parecer falou umas coisas. Ele tinha bem razão. Ou ela. Entendeu tudo e disse que o texto tinha que se fazer entender. Foi um bom parecerista o aparecista que de maneira invisível, prescreveu o receituário.<br />
Mas então. Ela fez o recomendado na bula, ou melhor, na prescrição. Só que daí aniversariou.<br />
Ela chegou. A mãe.<br />
Depois quem chegou foi o presente que ela tinha se dado. O inanimado-animado <a href="http://naopenseinisso.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html">Bandeira do outro post</a>.<br />
Ela não teve tempo pra ele, ainda. O famigerado, como diria o Rosa.<br />
<br />
Só quis o tempo pra ela.<br />
Veio de longe e trouxe e cantou bolo de parabéns. Re e encontrou seus amigos.<br />
Trocou confidências e confianças com ela.<br />
Pariu também. Cada um pare o filho que tem.<br />
Hoje ela disse:<br />
- Vou-me. Vai cuidar das suas coisas! Eu fico aqui e empato você.<br />
Empata nada. Ela me ganha. Diz assim que é um jeito que mãe tem de dizer pro filho que você fica o tempo todo dando atenção pra ela e não sabe mais o que fazer, porque deixou tudo o que tinha pra fazer na vida só pra fazer isso: ficar com ela.<br />
E hoje descabeladamente arrebenta acordou e deu de cara com a mala dela pronta e perto da porta da rua. Roupa trocada, esperando ela voltar do útero do sonho:<br />
- Já tá pronta? Ensalivou sonâmbula.<br />
E assim ela rumou pra metrópole. Foi. Deixou a rebenta arrebentada. Tem nem 12 horas e já tá que é toda saudade e costume.<br />
<br />
Até na missa foi. Na verdade não foi na e nem à. Foi ao comércio. Mas daí, é como na piada: a porta tava aberta.<br />
Tava pela metade, a porta não: a missa. Ainda bem, pensou aquela que entrou não por que a porta deixava, mas porque desde criança faz até o que não lhe agrada para agradar a mãe.<br />
Mandou mensagem SMS:<br />
<br />
- Tô na igreja, acredita?<br />
Responderam: - Que bom.<br />
<br />
É, mal não faz.<br />
Então. Nada demais. Ritos que sabe de cor antes da antropologia. Sentiu-se no banco de madeira do catecismo infanto-juvenil e depois do reforço das leituras universitárias sobre catolicismo popular e ainda nos trabalhos de campo na cultura popular devocional. As músicas manjadas, todo o rito na memória. Então comunhão nenhuma lhe tira do sério.<br />
Rendeu-se.<br />
A mãe falou:<br />
- Quer ir buscar o carro, ir ao banco: eu fico aqui. Disfarçando que é dessas que agrada a filha também, na retribuição de quem sabe que está sendo agradada.<br />
Puta que pariu, pensou: como ela me conhece! E diz: Não, eu fico. Estava rendida e feliz na submissão. Mas não esperava um golpe tão baixo prescrito no final do rito.<br />
<br />
Todo católico sabe. Ou quem já foi, enfim... Depois de todo o rito de comunhão e da paz de Cristo que é aquela hora da paquera ou de abraçar um amigo querido ou a sua mãe e sempre apertar a mão de um desconhecido (aqui também pode mudar o gênero, número e grau), tem uma hora informal que é aquela que antecede a libertação do catecúmeno materializada por essas poderosas palavras:<br />
-"Vamos em paz e o Senhor os acompanhe" ou algo do tipo ou em outra língua, mas que você entende que acabou tudo.<br />
Enfim, antes dessa hora tem os avisos à comunidade. Política tem também, a depender. Ou ainda falas sobre acontecimentos triviais (ou extraordinários) da comunidade. É que cada lugar é um, cada caso um caso. Em termos conceituais: todo rito por mais manjado tem as suas singularidades.<br />
Eis que o padre teve a audácia de repetir, em forma de ladainha, a pergunta semanal da paróquia. Quer dizer, teve a capacidade infame de tornar singular algo mais que batido:<br />
<br />
- Quem fez aniversário essa semana?<br />
<br />
Acabou a antropologia ai. Ao menos a dela. Precisava urgentemente de um antropólogo ao lado pra fazer o registro da reação dela. Enrubesceu: de um jeito que ninguém poderia ver se tiver imaginação de quem acha que só gente pálida enrubesce. Parecia que tinham lhe dito no meio do templo e para ela mesma e ainda por cima, para todos: seu nome completo, idade, comida favorita, detalhes da sexualidade, quando deixou de fazer xixi na cama, enfim ficha completa.<br />
<br />
A mãe falou: - Vai lá, Elisângela.<br />
<br />
Toda vez que alguém me chama assim por extenso e que não é minha mãe fica parecendo que é. Só ela tem essa entonação para 'Elisângela' como algo solene ou para me mandar fazer algo do tipo "obedeça". Parece até que tá acontecendo grande coisa quando ela fala assim.<br />
A rendição tem seu preço, mas não é porque está catequética e colonizada que não vai reagir. Não é porque é filha e por que quer agradar que não vai reagir.<br />
E esse 'vai lá Elisângela' foi fulminante. Ela, quase ríspida que era pra não deixar debate:<br />
<br />
- Não, não vou não.<br />
<br />
Estava rendida na submissão, mas até rendição é escolha. Você precisa deixar explícito o limite e os termos da rendição. Se for retribuição, melhor. Você se sente pagando o justo.<br />
Então, cantou parabéns junto e para os dois alvos lá no altar, mas também para ela mesma e pra outra escorpiana que ouviu o mesmo 'vai lá Fulana' do companheiro e teve o bom senso de dizer que não ia.<br />
E terminado o parabéns adaptado à situação cristã, o abraço que ganhou da mãe foi qualquer coisa que não tem vocabulário agora pra dizer.<br />
Chorou. Duas lágrimas, talvez três.<br />
Aquele abraço foi todo abraço do mundo. Eu, Narcisa envolta na Terra, minha mãe. No templo. E só.<br />
O mundo acabou.<br />
<br />
Quando nasceu de novo disse:<br />
- Só você pra conseguir me fazer entrar aqui.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
E aos trinta e cinco, aprendeu que aprende mais de si e dela, enquanto o tempo dos sessenta dela, também passa.</div>
<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-74169056171878827862013-10-31T23:10:00.001-02:002020-05-28T12:22:54.593-03:00Dia do Saci ou Ralouim. That is the question?<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
DIA DO SACI OU RALOUIM?</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
that is the question?</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E passo a citar Roy Wagner (2012) d' A Invenção da Cultura (pp. 37-38 da Edição Tupiniquim e de bolso da Cosac & Naify):</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa palavra é cultura.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando eles falam como se houvesse apenas uma cultura, como em "cultura humana", isso se refere muito amplamente ao fenômeno do homem; por outro lado, quando falam sobre "uma cultura" ou sobre "as culturas da África", a referência é a tradições geográficas e históricas específicas, casos especiais do fenômeno do homem. Assim, a cultura se tornou uma maneira de falar sobre o homem e sobre casos particulares do homem, quando visto sob uma determinada perspectiva. É claro que a palavra "cultura" também <b>tem outras conotações e importantes ambiguidades</b>.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
A questão é o grifo?</div>
<div style="text-align: right;">
Não. <b>O grifo é a questão</b>.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhayyr6WlZGWfVDXJCAE_CZDiLmnk3wnROYYU0-koOfUkkt0AbjkZNQls1iyVt1hdtkCMjrP5ReT4cBkNCDlLKcaIk7ljNr_wzGNUQdkr9UL0RjV-kwbDWpPh6oDM-IcA18oBLXwWnn02qs/s1600/A+IDEIA+DE+CULTURA.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhayyr6WlZGWfVDXJCAE_CZDiLmnk3wnROYYU0-koOfUkkt0AbjkZNQls1iyVt1hdtkCMjrP5ReT4cBkNCDlLKcaIk7ljNr_wzGNUQdkr9UL0RjV-kwbDWpPh6oDM-IcA18oBLXwWnn02qs/s320/A+IDEIA+DE+CULTURA.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Poderíamos retificar isso um pouco e dizer que um antropólogo é alguém que usa a palavra 'cultura' com esperança ou mesmo com fé' ( Roy Wagner)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Semana que vem, ela aniversaria.</div>
<div style="text-align: left;">
E inventou que vai doar a si mesma um Manuel Bandeira cronista do Brasil provinciano pra Marcel Mauss nenhum botar defeito no presente.</div>
<div style="text-align: left;">
Porque a Antropologia é a pedra no meio do caminho. E a Antropofagia nos une.</div>
<div style="text-align: left;">
Mas no mesmo sistema circulatório entre veias-cabeça e coração antropológicos inventar o cotidiano, seu e do próximo, também se faz necessário.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3U2goHNzQszkBIQ8_Z5AZLsDaQOKwNGTdRuX26FboND3kL0D2KEERT2kDkxAki7yVWFUKYFSjpzWpluiQK70n9TdBRps46K1s-nVQ85PXQkd2rLGNjCVHFRwY2LWGjl_uT5xv7cqMBZX2/s1600/cronicas+da+provincia+do+brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3U2goHNzQszkBIQ8_Z5AZLsDaQOKwNGTdRuX26FboND3kL0D2KEERT2kDkxAki7yVWFUKYFSjpzWpluiQK70n9TdBRps46K1s-nVQ85PXQkd2rLGNjCVHFRwY2LWGjl_uT5xv7cqMBZX2/s400/cronicas+da+provincia+do+brasil.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os meninos-sacis e não-sacis foram inescrupulosamente arrancados do google imagens. Mas, antes, já tinham sido retirados do livro que os retirou do cotidiano para os por na história.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-83117140076052033652013-10-19T10:50:00.000-03:002020-05-28T12:21:51.144-03:00Diuturnamente<br />
Enquanto ela caminha no aparato móvel dos trilhos,<br />
enquanto ela flutua diante da encruzilhada que a vida impõe,<br />
o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=LWKzUS-eK7Q&hd=1">operariado</a> opera o milagre diuturno da transformação do extremo leste em Corinthians.<br />
E aos poucos a paisagem vai se tornando menos Itaquera.<br />
Ao mesmo tempo em que o Brás é <a href="http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/10/17/protesto-interrompe-circulacao-de-trens-na-zona-leste-de-sao-paulo.htm">obstruído</a> no horário de pico.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/FMO39W4jIi4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Bônus track:<a href="http://www.youtube.com/watch?v=w8YbTJfR_9o&hd=1">http://www.youtube.com/watch?v=w8YbTJfR_9o&hd=1</a> Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-39268110725110106322013-10-12T15:31:00.000-03:002013-10-12T15:45:47.155-03:00Pueril-cultura <span style="font-size: large;">Feliz dia das crianças!</span><br />
<span style="font-size: large;">Com um abraço daquela que vos escreve.</span><br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOCBhUmE0UfVssvskECqzDuLC1oTDzmxGWbPgOFfrPkBo7sXmkkcwBS4zzwt7pCEZcdC_QQNRSioCE7YilVvu66XqBm5xArQDDcicWdgxC9eSW1Upq9l33D-OUujAIKohGfRgLjHlD-u8U/s1600/Scaneli+escreve.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="um pouco de 12 de outubro" border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOCBhUmE0UfVssvskECqzDuLC1oTDzmxGWbPgOFfrPkBo7sXmkkcwBS4zzwt7pCEZcdC_QQNRSioCE7YilVvu66XqBm5xArQDDcicWdgxC9eSW1Upq9l33D-OUujAIKohGfRgLjHlD-u8U/s640/Scaneli+escreve.jpg" title="" width="589" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: red; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: red; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quando eu tinha dois anos luz, queria ler e não sabia. Mas isso não me impedia de escrever histórias próprias</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="font-size: large;">Hoje também é o dia da santa negra.<br />Música de bandeja: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=2oKWTz-VPYE">http://www.youtube.com/watch?v=2oKWTz-VPYE</a></span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-41270641787313972612013-08-31T14:34:00.001-03:002013-09-10T13:48:26.126-03:00Raiou o sol de Naná<div style="text-align: justify;">
Esse texto nasceu durante uma experiência músico-gestual-visual-sonora não-passiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
Passiva é essa coisa onde tem um palco, alguém distante que se apresenta e um público leigo e/ou especializado sentado, calado, quieto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquilo ali era uma imersão. Ainda que se ficasse sentado, calado e quieto. E também por isso mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda que se cumprisse a disposição e o ordenamento das cadeiras e da instituição.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se disser que era um show, tá errado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já foi ao Recife?</div>
<div style="text-align: justify;">
Já foi à Floresta Amazônica?</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao Recife já. "<a href="http://spiritosanto.wordpress.com/2011/08/27/o-rei-nago-sem-a-pureza-fica-nu-fechando-a-tampa-do-caldeirao-da-%E2%80%98nagoization%E2%80%99/">Nagô</a>, Recife nagô".</div>
<div style="text-align: justify;">
À Floresta, Naná me levou. Eu tinha uma garrafa d'água pra matar a sede e um xale para cobrir os ombros da friagem. À Floresta em plena civilização dos Serviços do Comércio. Em plena convivência interna. Em horário nobre. Em sexta noturna.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquilo era teletransporte.</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Eu quero ver dois cantador embolando. Eu quero ver dois cantador embolar".</div>
<div style="text-align: justify;">
E pôs todo mundo pra jograr entre Garimpos e Ginásios.</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Eu quero ver é sol raiar".</div>
<div style="text-align: justify;">
Raiou em lua mansa de Araraquara. Que as palavras evocadas tem poder transformador. </div>
<div style="text-align: justify;">
Foi "na batida do tambor e no chiado do ganzá" com "orquestra quase afinada":</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Ah, bum!"</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque eram "as vozes de Araraquara que estavam ali" entre Garimpos e ginásios poliesportivos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E conversou.</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Em todo lugar que eu vou, eu vou dando os meus gritos".</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Eu sou um Brasil que o Brasil, de certa forma, não conhece".</div>
<div style="text-align: justify;">
- Traduzir ou contrapor sons da natureza é uma experiência a ser vivenciada. O som da chuva, da floresta nossos tímpanos não alcançam o som do Rio Amazonas. Não vou por isso num cd, não tem cabimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
E ela pensava na dimensão ritual que uma apresentação como aquela, tinha. </div>
<div style="text-align: justify;">
Porque embora ele admitisse que sua dimensão humana era um limite para ser natureza, o som e o uso que faz do corpo contradiz toda limitação que admite.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pois ele é um mensageiro. O mensageiro não vem só pra ensinar. Vem também pra confundir.</div>
<div style="text-align: justify;">
E ela continuava pensando e vivendo o ritual interno e externo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E eis que surgem na tela elementos e signos bem presentes no catolicismo popular do Brasil. Que agora lincavam com os signos negros e indígenas antes expressos.</div>
<div style="text-align: justify;">
E eis que entre os sons da natureza, há sons de povos, sons étnicos, sons de lugares. </div>
<div style="text-align: justify;">
Aquilo era uma paisagem sonora. Naná empresta o corpo e por meio dele estabelece comunicação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Naná era o cavalo do terreiro. Aquilo era teletransporte.</div>
<div style="text-align: justify;">
E aquilo era admitir que, de certa forma, ser o Brasil que o Brasil desconhece é atestar a grande influência que as práticas culturais populares e as formas rituais de grupos negros e indígenas de diversas etnias têm na produção musical brasileira como um todo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O artista de grande projeção na música do mundo é o mensageiro, o criador e a criatura.</div>
<div style="text-align: justify;">
Faz mediações e estabelece comunicações emitindo sons e realizando gestos que conectam elementos naturais (água, vento), elementos da natureza (a mulher, o homem e os outros animais) e práticas culturais de grupos e povos diversos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não basta se conectar a internet pra fazer isso. Não basta ter microfones fazendo eco. Antes precisa de conexão com o cosmos e abertura para viver o estranhamento. Abertura para viver a experiência com o outro. Pra sentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, ele lembra a nega do cabelo duro, a moda e o pente que a penteia. E como se tudo tivesse cabimento faz um som de rave com aquilo que ela visualizou, com o perdão dos percussionistas, como sendo quatro caxixis gigantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Vento, êo".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem não tem papel escreve no guardanapo. Que ela também tem mensagem pra transmitir. E quando baixa o santo, baixa ali em qualquer lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
- "O candomblé ainda é o que faz o negro se juntar. O samba é canção de guerra não foi feito só pra brincar".</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora é no verso, que o primeiro plano da árvore transformada acabou:</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Atraca atraca que vem Nanã êê. Atraca atraca que vem Nanã, êa".</div>
<div style="text-align: justify;">
E falou de vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
E falou de morte que nem ele e nem ninguém aqui vai ficar pra semente. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nem na Araraquara e nem em nenhum lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tem que estar conectado ao cosmos pra saber. Mas se não estiver, basta estar vivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Embora sempre se seja semente e semeador. Que ser mensageiro é semear.</div>
<div style="text-align: justify;">
E depois de provocar estranhamento e fascínio como condutor de uma excursão rumo ao desconhecido, deixou as pessoas todas imersas num mar de sons e palmas "daqui pra lá" e "de lá pra cá", entregues às suas próprias vozes. E mesmo sem ver e sem pensar, ficaram todas elas não-passivas e conectadas por meio do som e dos corpos. E para provar que a música cânone é muitas vezes, fruto do popular. E isso quer dizer que a música só é cânone porque comunica. Encontra ressonância no coletivo e não porque o artista é um ser do além, intocável e distante da ralé.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque mensageiro vem que é pra transmitir.</div>
<div style="text-align: justify;">
E unir.</div>
<div style="text-align: justify;">
Faz é tempo que esse moço tá fazendo isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/TNA3GbpQZts?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dobrou cuidadosamente o guardanapo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando saiu do transe, viu uma amiga que não via há tempos. Ela fica por alguns meses em Araraquara onde o sol de Naná raiou e mais outros entre sons, águas e sóis de Xingu.</div>
<div style="text-align: justify;">
E foi-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em outro espaço sideral viu outra amiga que a imaginou durante a imersão: - "A Li vai pirar".</div>
<div style="text-align: justify;">
E pirou. Que não existe criação e criatura sem alguma loucura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-82335771319954882892013-08-24T10:51:00.001-03:002013-08-24T11:06:33.183-03:00 Ensaios de Antropologia capilar<br />
<div style="text-align: justify;">
Tem gente que vende xampu. Eu não vendo nada. Mas hoje acordei com uma pilha de neurônios histéricos interessados por temas falados, mas nunca antes publicados.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ondas sonoras, pensativas e sistemáticas escorregaram pelos cachos sedas-ceramidas não, mas manteiga de karitê também não. O fato é que com hidratação ou sem ela, conexões elétricas e motoras agiram e me puseram em ação em sábado matutino.</div>
<div style="text-align: justify;">
Neurônios histéricos precisam ser contemplados. Não querem saber se é sábado, se foi feriado municipal ou qual foi a fala da Dona <a href="http://www.youtube.com/watch?v=V5RwTJ2lrCw">Odete Roitman</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje eu acordei e liguei o processador de informações que também funciona como vitrola acoplada. Por que a caravana não pára.</div>
<div style="text-align: justify;">
E escrevi na primeira pessoa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque era arrumação de tese que o setembro chega na forma de 2013 primaveras. E na forma de uma saraivada de prazos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mais antropologia capilar e menos propaganda de xampu.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/frS0qxHzSeQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E chega de alisar palavrinhas e palavrões que hoje eu tô curta e grossa. Porque quem me conhece sabe que se eu fosse a presidente da banca defenderia que os salões de embelezamento só deviam conquistar esse título se abolissem a chapinha e privilegiassem a manicure. </div>
<div style="text-align: justify;">
Por causa dos neurônios bem-dispostos hoje ainda não penteei o cabelo. Mas em compensação, eles me deram a trilha sonora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=-WPsVwluqOw">Bônus track</a>.</div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-13637612130855807672013-08-04T14:09:00.000-03:002013-08-04T18:10:02.562-03:00Antepasto de Berinjela (ou Cada Um Luta com as Armas que Tem - ou Expropria<div style="text-align: justify;">
Há quem pense que dizer o que sente não tem nada que ver com política.</div>
<div style="text-align: justify;">
Engana-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
Todo bom antropólogo sabe (ou devia saber) que o sucesso de seu trabalho de campo está diretamente relacionado às falas que obtém. Mas há ainda algo mais. Há aquilo que não pode ser gravado ou vir a público.</div>
<div style="text-align: justify;">
O segredo é a alma subterrânea da pesquisa de campo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando você não diz o que sente sonega uma informação elementar daquilo que você é, foi ou pode vir a ser. Acaba sendo um ser de integridade parcial. Mas a parcela que falta é a que você deve pra você mesmo. Que no final a gente não deve nada pra ninguém. Alguém que não diz o que sente pode ser por que não consegue identificar o sentido, pra si mesmo. Como é que vai ser para o outro? Difícil. Mas pode ser também que o sentido fique incubado, guardado no si mesmo, sem arrebentação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque ninguém vai ficar parado no tempo e no espaço sendo uma única-exclusiva-coisa só.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sem conseguir ser o outro ou detê-lo nas armadilhas da ciência, o grau de aproximação do pesquisador daquilo que a pessoa é ou quer ser vincula-se à sua capacidade de ouvir e guardar segredos.</div>
<div style="text-align: justify;">
A cumplicidade entre pesquisador e 'pesquisado' que se sujeita por livre e espontânea pressão-vontade para além das falas e ações publicadas resulta ainda no que não pode ser dito. Tal intimidade pode ser comparada aos silêncios de pacto de sangue entre gangues ou entre casais e pessoas em suas trocas mais secretas. O que funciona como uma espécie de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=qsVk8lruzv4">Filosofia na Alcova</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pensava nisso enquanto esfaqueava dois lindos exemplares de <a href="http://www.jardineiro.net/plantas/berinjela-solanum-melongena.html"><i>Solanum melongena</i></a> tornando-os filetes. Estivera a sonhar com elas encharcadas de azeite e desfalecidas pelo calor de um forno assante. Elas, submetidas a essas condições juntadas a uvas passas resulta das combinações mais inusitadas e mais interessantes ao paladar. Era com isso que sonhava a dias. Toda essa transformação culinária, o Cru e o Cozido, o Doce e o Amargo ali, na sua frente para o almoço de domingo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Costuma realizar seus sonhos. Sobretudo com aquilo que come.</div>
<div style="text-align: justify;">
Gastou nele um vidro de azeite. Português do mercado porque o produto do tráfico virou presente materno. Esse tráfego-tráfico tem que se intensificar mais, sem as mediações do clero, da burguesia, das empresas de viação aérea, da receita federal e da Igreja. Precisa de azeite português sem mediações, como se atravessar o oceano fosse atravessar a rua. Não se trata de um sonho de consumo, apenas. É no mínimo limitado, condenar assim alguém que apenas pensa no tráfico do azeite quando a história mostra que o tráfico era de escravos. E 'Formação de Quadrilha' devia ser o nome que se dá aqueles que insistem em impedir que o fiel toque, beije e converse com seu próprio santo. As restrições perderam lugar na Era do Vinagre foi isso que o Papa de batinas esqueceu de dizer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que parou com o tráfego-tráfico esbarrou com a rotina do teatro que interrompeu em <a href="https://www.youtube.com/watch?v=1wVeubp8uXI">Hygiene</a> a última peça que faltava da Teatrologia do XIX e que foi buscar em Coimbra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pois bem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiro ficou imersa numa <a href="http://www.sescsp.org.br/online/artigo/6708_A+DAMA+DO+MAR+UM+CLASSICO+DE+IBSEN+REINVENTADO+POR+SUSAN+SONTAG+E+ROBERT+WILSON#/tagcloud=lista">Dama do Mar</a> internacional de Municipal que se combinou ao anfíbio ao qual se fundiu no cinco do mês. Adaptada ao título, mas desconfortável porque a gente nem sempre tem que saber o que fazer. Aliás, quase sempre não sabe. Aprende na marra como todo ser vivo. E cria, transforma como faz o bicho-homem/mulher.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois foi ver outra mulher, Cacilda!!!Glória no TBC de um Zé Celso vigoroso filho da Araraquara que lhe cospe ao mesmo tempo em que aplaude. Hoje, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=nGOy1REx9sY">domingo</a>, tem mais na Morada Ensolarada. Dentre todas as combinações alto-baixo, céu-inferno, sagrado-profano do sempre-mutável na mitologia do diretor, cinco horas em que os 1960 se encontram com 2013 ao som de Evoés coletivos com direito a Minotauro. Tudo dispersado por lances de bomba de gás lacrimogêneo como num cataclismo atômico e tecnológico, mas que também atua como <a href="http://www.youtube.com/watch?v=kYH82BdpRfw">Maracatu</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quem quiser que veja e reveja. E faça seu próprio trabalho de campo, a sua imersão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vai sair de lá com muitas mulheres, uma lição sobre o fazer teatral e tapa na cara de histórias de luta no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, por favor, não me perguntem: 'o que é que Antropologia tem a ver com Teatro*' ou o que isso tem a ver com aquilo. Pessoalmente, recuso respostas fechadas. Mas como boa professora que quero ser, abro para questões dissertativas, indico que se retome o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=K9N7ZHVJjJo">primeiro parágrafo</a> ou que se leia a bibliografia citada ou discretamente sugerida. Tudo isso sem esquecer do toque especial, juntar os ingredientes com a percepção do universo ao redor - no plano interno e externo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Amém. Saravá. Só a Antropofagia nos une, nos salva. Diria o Oswald. 'O Salve' fica por minha conta. Por conta dos crentes na força dos temperos.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
* Para Ana Carolina, mulher, amiga, filha, irmã, tia e atriz.<br />
Tudo não necessariamente numa ou noutra (des)ordem.</div>
</div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-57703530866952431882013-07-30T06:44:00.000-03:002020-05-28T12:23:10.144-03:00Decifra-te.<div style="text-align: justify;">
Se tivesse de ser um animal alado seria uma coruja.</div>
<div style="text-align: justify;">
Certamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não exclusivamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Apenas do clã dos alados.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pois bicho é também marítimo, terrestre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se tivesse que ser aérea, seria uma coruja cameleônica. Dessas que quando a gente pisca, já mudou de cabeça mas os olhos continuam lá, misteriosos, a te devorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Decifra-te. E aproveite para utilizar a conjunção "-me", a seguir. Ou seria partícula?</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma dessas encorujadas que a gente encontra no meio da estrada quando todos os carros já desistiram de passar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sonâmbulas. Dessas que já estão ali, faz tempo, a te olhar intensa e profundamente. Das que velam enquanto tudo é silêncio e todos já desligaram as luzes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não, nunca foi das mais carnívoras. Mas devem existir aquelas que se perdem em rúculas azeitadas e alfaces calmantes e soníferas. Porque o mundo não é homogêneo nem nos universos encorujados. Não, nunca foi das mais sangrentas carnes. E tem sido cada vez menos. E os desafios da existência estão aí, a se oferecer todos os dias, clamando por superação.</div>
<div style="text-align: justify;">
E dai?</div>
<div style="text-align: justify;">
Daí que todo <i>trickster</i> pode ser o que quiser e ao mesmo tempo. Então, se tivesse que ser, seria observadora astuta que come carnes cruas sangrentas, além de ratos peregrinantes. Ao mesmo tempo em que devora com amor rúculas frescas e alfaces desprovidas de vinagre.</div>
<div style="text-align: justify;">
E mesmo tendo uma cabeça giratória, empenho da mais alta tecnologia da natureza, não teria tempo para se preocupar com questões filosóficas e humanas. Seria apenas mais um ser vivente, inserido na cadeia alimentar, lutando pela sobrevivência. Seguindo seus instintos e voando para onde der: na telha, nos muros ou nas encostas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas enquanto não chega esse dia, escolheu transmutar-se em tia colhedora de frutas suculentas para dar ao sobrinho curioso que leva tudo que tem nas mãos à boca.</div>
<div style="text-align: justify;">
E trocou a luta predatória pela sobrevivência por delírios que a sacodem da cama para palavrear madrugada adentro. E ainda se delicia com o abrir de janelas para que o ar de brisa-de-noite-que-acabou-de-ser, adentre a casa junto com o sol das manhãs.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas depois volta a sonhar do ponto em que parou. </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhla1Zr4TYNk_ndZJbESBafzBzt4oIMOsW0WxMCJYU_ulNFoM2Dn82VNjUxWsbUFktMvKowCdEtC7WqpL2L9sA5L5ETM-z0WfpkozyaUTrfoptEc9QKF0CMSz54TL2HjGX5HWRtaLKEIike/s1600/coruja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhla1Zr4TYNk_ndZJbESBafzBzt4oIMOsW0WxMCJYU_ulNFoM2Dn82VNjUxWsbUFktMvKowCdEtC7WqpL2L9sA5L5ETM-z0WfpkozyaUTrfoptEc9QKF0CMSz54TL2HjGX5HWRtaLKEIike/s320/coruja.jpg" width="239" /></a></div>
<br />
Que é pra não perder o rumo da história.<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-86791704627130466932013-07-15T01:18:00.001-03:002013-07-15T01:38:14.699-03:00Depois que vi o infinito<div style="text-align: justify;">
Fogueiras são forças hipnotizantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esteve às voltas, noites dessas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esse vento visível e desidratante é todo junino e julino no seu interior, mas antes era todo ancestral.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fogo é coisa de sonhador...</div>
<div style="text-align: justify;">
Elemento revolucionário!</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois virou indústria.</div>
<div style="text-align: justify;">
As coisas todas se retorcendo, desprovidas de sua água, vão desvivendo até encinzentarem num empoeiramento. Se for papel, queima de um jeito. Mas, se for madeira, que é um jeito diferente de ser papel, difere a desfiguração.</div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas são as coisas que podem ser vistas diante de uma fogueira. Inclusive a cegueira.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando se cansa, pode-se olhar para o céu. Estrelado. As estrelas são luzes distantes que teimam em ficar perto naquele sempre inalcançável. Um estado vivo enquanto morto. As estrelas demoram-se a morrer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chorava ao ver o fogo estralante, em tons de azul, de vermelho-laranja, vermelho-sangue. Amarelo até. Mentira: era lilás.</div>
<div style="text-align: justify;">
Força tanta que era, poder transmutado num amarelo cósmico lacrimejante.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dois olhos enfaiscados inundaram brasas refrescantes que escorreram em erupções constantes, ainda que controladas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fogo tem som só que também silencia quando quer. Seu som é vibrante e escaldante. Já teve ouvidos para ouvir? Soa como estrelas que fogem quando a água escorrega delas, queimante.</div>
<div style="text-align: justify;">
E pode até ter cheiro, se for um arroubo de flor. Se tiveres coragem de ver o sol sob as folhas secas... não aquele sol vivo de brisa que envivece. Falo daquele sol timbrante que esturrica toda a clorofila esparramada na folhagem, aquele que destitui toda a beleza primaveril em cinzas carbonizadas. Um sol de mamona rachada. Sabes? Esse! O sol-fogueira que destrói toda a vida da flor, mas em troca a transforma em perfume solto no ar. Cinza perfumante que dá vontade de suspirar.</div>
<div style="text-align: justify;">
E de morrer de ensuspiramento numa intoxicação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que ele queimar tudo, vem o mar guardado nas nuvens e faz a terra cheirar na ponta do nariz-gotícula. Mas também se pode ver o fogo-fumaça-de-asfalto porque, eu disse, depois tudo virou indústria. É só olhar ao redor depois que a gente esquece das estrelas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando todo um ciclo, toda a morte refeita, a vida vira vento colorido bailante e água que arde na pele e no peito. A viagem é pra dentro, infinita. E quando você chega dela tens um cheiro de defumação colado no corpo. Não podes ter imunidade ao infinito porque nele estás.</div>
<div style="text-align: justify;">
Oito é infinito, já viu? A Matemática foi quem levantou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW4y93KLmfK7OTHc5k4SjkRwTahDb1H-Kvn-tigkB_A0-Ta5h_1IBxi119T6LdJJdAVmU2etXGfXS1amTtIDXxGEpf81GzcvblQuPiYS_sHAhNxuLipSu3MbfO-lMOSrUwxPFlkPl1msni/s1600/8+de+paus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW4y93KLmfK7OTHc5k4SjkRwTahDb1H-Kvn-tigkB_A0-Ta5h_1IBxi119T6LdJJdAVmU2etXGfXS1amTtIDXxGEpf81GzcvblQuPiYS_sHAhNxuLipSu3MbfO-lMOSrUwxPFlkPl1msni/s320/8+de+paus.jpg" width="204" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que voltou do infinito sonhou com alguém que trabalhava muito. E tinha um plano.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabes?</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=SHQ_TZxJTlI">https://www.youtube.com/watch?v=SHQ_TZxJTlI</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-7420120077659003812013-07-11T18:25:00.000-03:002013-07-12T01:04:58.799-03:00Da preguiça<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ela sabia de tudo o que tinha preguiça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Então o título veio logo, acabado de sair do banho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Da preguiça é diferente de dá preguiça, sabemos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O quê um acento bem assentado não torna diferente a vida da pessoa e as palavras da vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O dia era nacional e ela sentia preguiça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É muito comum, mais do que ela podia controlar e ter consciência, esse seu sentimento de preguiça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Muito ativa. Altiva. Muito ativa nos últimos meses.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Preguiça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Era julho e depois de tanto exercício produtivo tinha medo de ter preguiça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas tinha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando era criança vivia ouvindo a mãe a mandá-la pro banho. Tinha mais coragem para brincar. A mãe não perdeu a mania de mandar, porque ela não perdeu a preguiça e nem deixou de ser filha. A diferença agora é que a preguiça é de sair do banho. A mãe não diz "Por acaso sou a dona da Sabesp?" em substituição a "Por acaso seu pai é dono da Sabesp?". O pai morreu sem ser dono de nada a não ser de si próprio e a mãe não incomoda o banho dela por nada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Fundou, as pessoas todas fundam isso de certo modo, certos termos que explicam situações em contextos íntimos. Termos que antes remetem ao contexto em que foram forjados e explicam-no servindo também ao contexto atual em que foi acionado. Mas esses termos as vezes, extrapolam a intimidade e pulam da boca em contextos públicos ampliados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Preguiça era um deles.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Costumava dizer tenho preguiça de gente que não responde mensagens.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho preguiça de fazer média só pra não bancar a antipática.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho preguiça de sair.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho preguiça de ficar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho preguiça de escrever e de ler também.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Preguiça é então um ás, palavra preguiçosa e autoritária que não deixa soar outras palavras. Limita a criatividade ao mesmo tempo em que é altamente criadora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas riu com os pensamentos rompidos pelo amigo que também tem preguiça de um monte de coisas, inclusive do lugar onde trabalha. Riu. Ele, que é muito desprovido de preconceitos musicais, cantou Débora Blando em tema de novela global enquanto abria janelas, e disse que nem ele que esteve a oferecer cartões de crédito o dia inteiro estava tão mal-humorado quanto ela. Quer dizer, com tanta preguiça. Ela riu. Nem se tivesse preguiça, teria o riso contido. Havia conteúdo risível naquilo tudo, no seu mal-humor que não era preguiça, mas fome.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Antes, quando se deparou com a preguiça faminta e mal-humorada dela, o amigo que é irmão compreendeu e cantou "se alguma coisa perturba você..."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E ela triplicou o riso. Lembrou de alguém que também deve sentir preguiça de várias coisas. Inclusive de gente que não tem medo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ela tem medo também, só que o transformou em outro nome.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
Ousadia.</div>
<br />
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=9oYuBcTBQCM">https://www.youtube.com/watch?v=9oYuBcTBQCM</a><br />
<br />
<br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-73807193500338032742013-07-10T01:10:00.000-03:002013-07-10T01:52:19.816-03:00M.M.AAdriana tem lindas composições.<br />
Dias desses andei ouvindo a Adriana entoando sua própria canção.<br />
Mas a música era da <a href="http://www.youtube.com/watch?v=X7RVoU43nJ0">Mart'nália</a>.<br />
Só que eu já era apaixonada pela canção da Adriana, que era da Mart'nália, entoada pela Marisa.<br />
Nocaute é nocaute, não se finge. O <a href="http://www.youtube.com/watch?v=rkHkNs4aBz0">amor</a> é dessas coisas que depois de entregue não adianta reivindicar de volta.<br />
Ou adianta?<br />
Vai saber...<br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=Xp4SGYnqv8k">http://www.youtube.com/watch?v=Xp4SGYnqv8k</a><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju28Ouo4u95jDVa6EvHePIcMpaPWN-1JPB4-ESSKchpn8O0gn606Vkbo2TWbfkVgPD37Ornqg3trUztbvIavuSEUMtpkMroMjPfPezscklr0I0gPsfClwVVeOWqvzlMzkKy0USPPUIr3Kv/s1600/aba_marisa-anderson.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju28Ouo4u95jDVa6EvHePIcMpaPWN-1JPB4-ESSKchpn8O0gn606Vkbo2TWbfkVgPD37Ornqg3trUztbvIavuSEUMtpkMroMjPfPezscklr0I0gPsfClwVVeOWqvzlMzkKy0USPPUIr3Kv/s640/aba_marisa-anderson.jpg" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-17280142610970225122013-07-08T03:47:00.000-03:002013-07-08T03:58:09.178-03:00Just in time<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O título chegou e depois era feriado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Bebeu bebeu. O sapo que tinha na garganta saiu. Uma náusea grande, um parto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Expectativas superadas. Fruto viçoso colhido num contentamento contido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Dançou dançou. E flutuou no efeito terapêutico, extasiante-calmante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ficou muda depois. A voz saiu, o sapo levou embora. Silêncio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Agora adentra madrugadas escritas em meio a goles de chá de gengibre. Não é por que não tem voz que não vai falar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E abandonou-se aos romances visíveis em filmes cúmplices que só os amigos, daquelas entregas absurdas e inquestionáveis veem juntos. De tão boas, essas entregas a destituem de si mesma, ao mesmo tempo em que se entregam todos. Nem sempre os vê, esses amigos. Os encontros são a retomada do que sempre é. Mas a troca, categoria antropológica por excelência, não é do mercado. O mercado rouba. A troca é humana. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tem amigos humanos. Dos que a fazem ver romances. Mas dos bons, ainda que sejam romances.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tem amigos arcaicos. Daqueles que </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">intensificam</span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> tudo na vida. Estão imersos na necessidade de viver.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Era pra ser um texto sobre romances. Ela quase sempre foge deles e por isso os vê tardiamente. Procura ser apaixonada em tese. E exatamente por isso (o que não quer dizer que seja isso)</span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> disfarça, fala de teses, de filmes. E só depois, quando pode é que fala dos romances. Emudece quando não sabe o que fazer com o que sente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Na prática sabe que a paixão não está restrita aos amigos. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E foi dormir.</span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=CgXUeRbel3c">http://www.youtube.com/watch?v=CgXUeRbel3c</a><br />
<br />Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-23454572922803463652013-07-01T05:10:00.000-03:002013-07-02T02:42:25.829-03:00Deixa o verão pra mais tardePodem dizer que gostam mais da versão do Hermano-Amarante.<br />
Eu não.<br />
Taí um caso onde a releitura é melhor do que a versão de quem <a href="https://www.youtube.com/watch?v=_bZn2TonY_Y">compôs</a>.<br />
As vezes, e pra cada estação, é questão de ritmo...<br />
O verão, aqui, ficou pra mais tarde.<br />
...<br />
<br />
<a href="https://soundcloud.com/balynah/mariana-aydar-deixa-o-ver-o">https://soundcloud.com/balynah/mariana-aydar-deixa-o-ver-o</a>Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-5518869594849971682013-06-30T15:57:00.002-03:002013-06-30T17:28:16.318-03:00Sociologia dos transportes públicos<div style="text-align: justify;">
Os paulistanos* acabam de fundar uma nova categoria sociológica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eixo rente à sociologia de boteco, eis que os últimos acontecimentos fundaram a sociologia dos transportes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pode ser um evento pontual, mas o fato é que se ouve à boca pequena, média e grande. A análise sensocomunal diz que não são só os vinte centavos, embora também o sejam. O descontentamento é grande, "em todos os setores" diziam. Um mais velho, quarenta, aproximadamente. O outro, nem trinta. Mas perto deles.</div>
<div style="text-align: justify;">
"Educação falida".</div>
<div style="text-align: justify;">
"Pensar, realizar um raciocínio lógico: não há estímulo para isto".</div>
<div style="text-align: justify;">
"Se o estudo escolar está reduzido ao decorar, só se faz reproduzir sem crítica aquilo que é repassado". "Um povo com sabedoria e saúde é pedra no sapato deles".</div>
<div style="text-align: justify;">
"Só não investem em saúde e educação porque são investimentos que trazem resultados a longo prazo. Não é o governo que está no poder que vai usufruir imediatamente, com votos. Mas sim o outro governante que entrar no lugar dele".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ainda tem gente que diz que o senso comum não está suficientemente politizado. Até parece que só os acadêmicos têm <a href="https://myspace.com/somoblack/music/song/a-mais-valia-do-trabalho-46177250-49419742?play=1">leitura própria</a> da realidade que os cercam.</div>
<div style="text-align: justify;">
De todo modo, acadêmic@s ou não, podem dizer: eu presto mesmo muita atenção nos homens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
* ou quaisquer moradores das grandes cidades do país e que passam sufoco nos transportes públicos.</div>
</div>
Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-5575640627600334192013-06-29T19:37:00.001-03:002013-06-30T00:37:35.144-03:00Cada um tem a marcha que precisaTem descompasso.<br />
Tem gente que marcha por educação.<br />
Tem gente que marcha por saúde.<br />
Tem gente que marcha sem terra.<br />
Tem gente que marcha por direitos.<br />
Tem gente que marcha por conquistas.<br />
Tem gente que marcha-soldado e vai preso pro quartel.<br />
Tem gente que não tem nem vinte centavos de marcha.<br />
Tem gente que ataca quem marcha.<br />
Tem gente que ataca quem ataca.<br />
E tem gente que <a href="http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/projeto-da-cura-gay-divide-opinioes-na-marcha-para-jesus-em-sp.html">marcha para Jesus</a>.Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4303847742151590233.post-24618693322670539912013-06-28T12:08:00.001-03:002013-07-02T02:51:52.859-03:00O título vem depois<div style="text-align: justify;">
Andou viajando, na vida, ultimamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Viajando na vida andava sempre. Mesmo que estivesse parada. A cabeça sempre foi de menina que não parou em lugar algum. Imaginação é o primeiro instrumento que tinha para ser livre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas andou viajando pra além do imaginário. Este anda com ela pra onde ela for, ainda que fique quieta. E sobretudo por isso. Mas andou a viajar diria, mais precisamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse viajamento, houve momentos em que ela achou que a viagem estava acabada quando apenas tinha acontecido uma pausa. Dessas que também podem ser musicais.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a viagem retomou a si própria, ela disse que não tinha nada a ver com aquilo. Mas sempre soube, ainda que se enganasse sobre o fim da viagem - porque tem uma intuição muito intuitiva, essa menina - que era só o começo. Pois então...</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso tem a ver com o momento da vida. Não tem casa estabelecida. Um dia está na casa da mãe e do irmão. Outro dia na casa das amigas lá do outro lado do oceano. Outro dia na casa da <a href="http://brisas-da-isa.blogspot.com.br/2013/06/o-sol-de-dez-paus.html">outra amiga</a> em São Paulo, no outro dia na casa do amigo-irmão e d@s vári@s amig@s que fez no sertão da pauliceia quando fez uma pausa de treze compassos. Enfim. Trânsito. Desses que colocam os carros um atrás do outro nas ruas, mas também do outro, aquele que faz com que você não consiga desfazer a mala. É isso, pousos de libélula.</div>
<div style="text-align: justify;">
Demorou pra entender o que era isso. Era tudo e não era nada. Ficou treze anos parada em um lugar, que era novo, antes. Depois ficou velho. O lugar, tudo. Ela inclusive. Treze compassos, dez dezenas e três unidades contidas em dois milênios ocidentais. Acostumou-se com aquela felicidade e com as tristezas guardadas no tempo-espaço do mesmo compasso. Precisava ser triste e feliz em outro lugar, soltar outras notas, cantar em outras afinações, ver filmes com intervalos e criar novos filmes na memória. E ela, que vê como sua a responsabilidade de inventar a própria vida, inventou outros lugares na cabeça e fora dela. E os lugares também inventaram-na que ninguém é imune a nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas este não é um escrevinhar sobre movimentos da vida, que ela ainda não sabe pra onde vai, mas tem ido. Era continuar a dizer sobre papéis. Ia dizer que era um escrever sobre papéis, de novo. Mas olhou pras linhas de trás e viu que era isso e mais outras coisas. Os compassos. Os movimentos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Toda vez que viaja compra papéis: pros amigos mais amados. Oferece coisas ridículas, árvores rasgáveis. Um dia, se lhe odiarem, rasgar-lhe-ão todos os presentes. Quando percebeu que comprava muitos papéis de presente pra si própria e para @s querid@s, passou a comprar lápis. O que será que isso quer dizer? Ou não quer dizer? Ou quer dizer e não diz? Ou diz e não quer dizer?<br />
Lembrou-se de um tipo de papel comprado recentemente para si. Alice através do espelho. Abandonou a viagem da Alice na outra margem do rio oceano, tinha de prosseguir (n)a sua própria viagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a viagem já tinha assentado nela, assentou num banco de passageiro para o retorno. Como num acaso interessado, deparou-se com um filme que há muito queria ver. </div>
<div style="text-align: justify;">
Achou que, como as músicas que tem na vitrola da cabeça, aquele era um filme que encerrava bem aquela etapa da viagem. Um filme pode ser bom por si mesmo, mas as vezes não é por isso: é porque você esteve envolvido nele. Esteve no filme, com ele. Esse filme, desse caso, é composto por coisas tão absurdas, quanto os absurdos que ela tinha na cabeça e na memória. Enquanto via, dizia que não era possível, chegava a ser altamente contestável. Era um clichê aquilo, porque enquanto o via, pensava e não conseguia esquecer que estava diante de um filme. Contestava o filme. Dizia que não tinha nada com aquilo, como não tinha nada a ver com a viagem. O trailer não mostra nada - acho que é daqueles trailers que não consegue dizer o que o filme é. Assim como o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=uGSSr3DdnXo">caminho</a> da viagem. Tantos caminhos cabem nele que se faltar um, não se pode dizer o que a viagem é. O trailer e o caminho não mostram nada, mas devem mostrar alguma coisa. </div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/CX-hyid1ENQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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No fim, a viagem é sempre pra dentro.</div>
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Elisangelahttp://www.blogger.com/profile/01903431697014592531noreply@blogger.com0