segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Aos seis de janeiro

Ansiosa.
Pelo fim de um livro que não chega ao fim embora o fim esteja perto.
Pensou sem pensar - que é um jeito não-sistemático de sistematizar o pensamento - em pautar numericamente as férias sem férias - ou falar da quase primeira semana do ano que começou sem que o outro tenha terminado. Eis aqui, na pessoa primeira, egocêntrica:

1. Acabo de ler um relato de viagens de tom descompromissado. Um jeito bom de estudar em mês de férias que só chegam depois que o meses de férias acabarem, ao menos pra mim.

1. a) Que é um jeito bom também de preparo ou aperitivo para ingressar num outro relato de viagens a quem a história da antropologia deu ares de cânone e, portanto, metodologia consagrada.

Quanto ao 1.a): quando você pensa no conteúdo de livro sendo método, fica bem mais difícil de ler.
Acerca do 1: boa literatura de viagem é o modo mais próximo que nossa civilização dispõe de teletransporte.

2) 5 dias do ano novo contemporâneo e nenhum email que valesse a pena - email no sentido estrito do termo, sem cutucadas, esbarradas ou comentadas faceibucações.

3) Hoje é o dia de santos reis e finalmente um email que valeu a pena. Pode ter sido coincidência. Mas fica difícil de acreditar depois de lições de magia ritual em antropologia descompromissada . Eu disse, descompromissada, o que é apenas uma característica de estilo e não de qualidade. Além do mais, hoje é dia de sementes de romã na carteira, de desmontar árvore de Natal, fazer promessa, renovar votos, etc. Ah, chegaram também boas notícias de amigos, o que sempre é bom.

4) Gosto de literatura e antropologia, literatura em antropologia e antropologia em literatura e a depender do contexto cultural tratado, religião e magia são inevitáveis. Amém, Oh Glória, Saravá!

5) A música é a primeira, egocêntrica, porque afinal é dia da Festa. Mas o álbum vale a pena. Inclui a manjadinha "Não quero dinheiro" (só quero amar) não necessariamente nessa mesma ordem e "Não vou ficar" que o Kid da Abelha teve a audácia de regravar. Isso sem falar de "Eu preciso aprender a ser só" imortalizada por Elis imortal. Mais duas faixas na língua do Tio San que o Tim tanto cantou e viveu. Em "I Don't Know What To Do With Myself" fica gostosa a intromissão do vocal feminino hablando em português como se não tivesse nada a ver com aquilo, comprovação que vem em "Meu país" utópico com lutas e sem distinção de cor para que o amor possa fluir. Tudo isso sem perder o tom romântico estilo mela-cueca que do qual o Tim é assumidamente re-conhecido. E também tem a bonita "Você" que sempre me faz lembrar da segunda colação de grau da minha vida - a primeira foi no prezinho (pré-escola), mas daí a trilha sonora é outra, tipo bambalalão.

5.1)


Para Davi Bovolenta, com votos de felicidades e muito amor no ano novo.



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