segunda-feira, 8 de julho de 2013

Just in time


O título chegou e depois era feriado.
Bebeu bebeu. O sapo que tinha na garganta saiu. Uma náusea grande, um parto.
Expectativas superadas. Fruto viçoso colhido num contentamento contido.
Dançou dançou. E flutuou no efeito terapêutico, extasiante-calmante.
Ficou muda depois. A voz saiu, o sapo levou embora. Silêncio.
Agora adentra madrugadas escritas em meio a goles de chá de gengibre. Não é por que não tem voz que não vai falar.
E abandonou-se aos romances visíveis em filmes cúmplices que só os amigos, daquelas entregas absurdas e inquestionáveis veem juntos. De tão boas, essas entregas a destituem de si mesma, ao mesmo tempo em que se entregam todos. Nem sempre os vê, esses amigos. Os encontros são a retomada do que sempre é. Mas a troca, categoria antropológica por excelência, não é do mercado. O mercado rouba. A troca é humana. 
Tem amigos humanos. Dos que a fazem ver romances. Mas dos bons, ainda que sejam romances.
Tem amigos arcaicos. Daqueles que intensificam tudo na vida. Estão imersos na necessidade de viver.
Era pra ser um texto sobre romances. Ela quase sempre foge deles e por isso os vê tardiamente. Procura ser apaixonada em tese. E exatamente por isso (o que não quer dizer que seja isso) disfarça, fala de teses, de filmes. E só depois, quando pode é que fala dos romances. Emudece quando não sabe o que fazer com o que sente.
Na prática sabe que a paixão não está restrita aos amigos. 

E foi dormir.


http://www.youtube.com/watch?v=CgXUeRbel3c

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